Você já imaginou que nomes de carros poderiam ser um motivo de disputa nos tribunais? Foi exatamente o que aconteceu.
A recente disputa entre a gigante alemã BMW e a inovadora chinesa BYD é um grande exemplo de como a propriedade intelectual, principalmente o registro de marca, são ativos valiosos. O problema da vez foi o uso do nome “Mini” no novo lançamento da BYD.
Este caso vai muito além dos volantes; ele começou um debate sobre tradição, inovação e, acima de tudo, a importância de garantir a proteção legal através do registro de marca.
A BYD, conhecida por sua rápida ascensão no mercado de veículos elétricos, lançou recentemente no Brasil o modelo “Dolphin Mini”. O nome, no entanto, não foi bem recebido pela BMW, que é dona da tradicional e icônica linha de carros MINI.
Para a BMW, “MINI” não é apenas uma palavra. É uma marca com registro de marca garantido no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) desde 1996, carregada de história, tradição e um valor de mercado consolidado. Esse é o poder que um registro de marca bem executado oferece a uma empresa.
De um lado, temos a BMW, defendendo o legado e a exclusividade que seu registro de marca lhe garante. A proteção no INPI concede à empresa o direito de zelar por esse nome, evitando que concorrentes possam causar confusão no consumidor ou diluir o valor construído.
Do outro, a BYD representa a força da inovação. Agora, resta a Justiça decidir se o uso de “Mini” pela BYD configura uma violação de um registro de marca existente. Esta decisão mostrará até que ponto tradição e inovação podem coexistir (ou colidir) no competitivo mercado brasileiro.
Este caso é um lembrete para todas as empresas (grandes ou pequenas). A disputa entre BMW e BYD pelo nome “Mini” destaca por que o registro de marca é um passo que não deve ser ignorado.
